domingo, 28 de março de 2010

Mayer Hawthorne e o álbum do amor!


O que esperar de um branquelo, parecido com o Bill Gates, nascido próximo de Detroit?!?

Sim, muito soul music!!! Mayer lançou seu primeiro trabalho, “A Strange Arrengement”, em setembro do ano passado. Ao escutar as 12 músicas do álbum, fica difícil acreditar que não são regravações. Parecem ter saído direto de um disco da Motown do final dos anos 60 e início dos 70.

Hawthorne, nome da rua em que viveu na infância e que inspirou o nome artístico, curiosamente começou a carreira como DJ de Hip-Hop, mas, felizmente, voltou às influencias dos clássicos do soul, como Curtis Mayfield, para compor todas as músicas e arranjos do seu primeiro álbum.

O primeiro single é a balada “Just Ain´t Work Out”, que justificou o lançamento do vinil em formato de coração e o clipe abaixo! :)



Outra muito boa é a “Love is all right”....só faltava a um dueto com a Sharon Jones e os Dap Kings!

Vale escutar o CD, seguir a carreira do cara e agradecer a dica do amor! ;)

terça-feira, 2 de março de 2010

Jim White – Searching for the Wrong Eyed Jesus

Qual é a fórmula ideal para unir crenças religiosas, lendas, histórias e experiências pessoais à música?

O cantor e compositor country-folk Jim White nos mostra em seu documentário ‘Searching for the Wrong Eyed Jesus’ (2009), concebido a partir do álbum homônimo lançado em 1997, que marcou não somente o início de sua bem sucedida carreira musical, mas também a conquista de um sonho dado como encerrado após sofrer um acidente que mutilou sua mão esquerda.

Nascido na Flórida, EUA, White descobriu suas verdadeiras raízes ainda criança, ao se mudar para uma pequena comunidade Pentecostal no Mississipi, onde se tornou fã ávido da música Gospel e, também, das histórias provincianas. Foi a partir dessa experiência de infância que o compositor englobou como sua característica notas de guitarra e timbres vocais sombrios, agregando o estilo Gótico ao seu repertório.

No documentário ‘Searching for the Wrong Eyed Jesus’, não é diferente. White nos leva a uma jornada musical enraizada nas histórias de vida dos moradores locais, assim como nas lendas contadas por eles e em toda a espiritualidade, muitas vezes exacerbada, que os motiva a viver. Cada música possui seu contexto e todas, sem exceção, apresentam-se como uma narração cantada ora por White, ora por ilustres convidados, embora alguns sejam desconhecidos por aqui, que emprestam seu talento para esta obra intrigantemente fantástica e obscura.

Entre minhas canções favoritas estão ‘First There Was’, escrita pelo lendário compositor desafinado Johnny Dowd e interpretada por ele e a magnífica Maggie Brown e ‘Knoxville Girl’, interpretada por The Singing Hall Sisters.