sábado, 24 de outubro de 2009

Baobä Stereo Club - entrevista com o Arico.

O Baobä Stereo Club é um duo instrumental brasileiro, formado por um tal de Henrique Diaz (guitarra, violão, bandolim e piano) e pelo Paulo Soares (bateria e percussão).

Debutaram com um CD feríssima no ano passado, que vc pode dar uma sacada downloadeando-o(link no rodapé do post).

Para vc que ainda não conhece, e para quem já conhece entender um pouco mais, segue uma conversa com o tal do Henrique, a.k.a. ARICO!

ALEMAO: Tá por aí? Queria trocar uma idéia sobre o Baobá...
ARICO: Opa! Simbora...Qdo?

ALEMAO: Agora! To ouvindo bastante! Donde saiu Baobä?
ARICO: Da hora! Cara...no jantar na casa de um amigo, estávamos procurando nome pra banda e começamos a falar um monte de coisas. O pai de uma outra amiga, que estava lá jantando com a gente (ele é artista plástico), começou a falar o nome de um monte de arvores africanas. Ele tava fazendo uma série de pinturas sobre essa árvores, tinha acabado de voltar de lá. Aí listou muitooooooos nomes, e piramos em Baobä. Colocamos o "trema" em cima do “A” pra fazer um brincadeira, porque era um duo. Stereo Club veio pra dar um ar mais moderno pra banda...e também tem o lance de stereo serem dois lados e tals...

ALEMAO: Bacana! Por isso dos pássaros na capa... rs. Gosto muito de “Santaolalla”, “Sem-Querer” e “Para Cachaito”. Tem gente q diz q é tipo filho, gosta de todas, mas vc prefere alguma?
ARICO: Hahhaha boa. Os passarinhos foi uma amiga designer que fez...aquarela mesmo. Curtimos pacas... Qdo gravamos o disco foi mta correria... gravamos poucas musicas, outras que gosto muito ficaram de fora. Eu curto o disco todo de uma forma geral, e fiquei bem contente com o resultado, mas a que eu tenho mais apego é “Para Cachaito”. Em breve tem disco novo...ai sim acho que a coisa fica da pesada...

ALEMAO: Eu tb! A castanhola combinou muito com o contexto... donde veio a idéia?
Pq é inusitado uma castanhola convivendo com guitarra e bateria...
ARICO: Eu sempre pirei em musica flamenca e espanhola. Quando fiz o arranjo pra “Para Cachaito”, tinha ideia de usar algum instrumento de percurssão naquela parte. Dividi isso com o Paulo, baterista, e a principio íamos usar um cajon. Pouco antes de gravarmos, comentei com ele que a minha irmã, Silvia, era formada em Flamenco. Ai veio a ideia de colocar castanholas. Ela foi, escutou o trecho, e em dois takes tava gravado. Mandou muito...No proximo disco, provavelmente vamos usar algo de sapateado...

ALEMAO: Ficou muito bom! Falamos outro dia, mas acho esse lance de influencia muito bacana!Eu lembro muito de Mogway, Tommy Guerrero, ouvindo o Baoba! O que mais vc citaria?
ARICO: Tem mta referencia de trilha sonora, não sei se fica tão perceptivel mas tem. Gustavo Santaolalla, Yann Tiersen, Ennio Morricone, Nino Rota...os classicos. Tem bastante referencia de musica cubana, argentina, Egberto Gismonti...mta coisa. Som instrumental tem mtas possibilidades... E vc? Qdo vem?

ALEMÃO: No proximo fds acho q vou... Mas calma q ta acabando, rs... Se vc não percebeu, isso aqui é uma entrevista!
Vc viu q o Zeca Camargo comentou numa coluna dele? (http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2008/12/08/) Vcs tão divulgando? Qdo vai rolar mais shows? Queria ir!
ARICO: Hahahaha boa! O disco saiu em 2008 e foi feito um trabalho de assessoria de imprensa, que ainda temos, mas pouco usamos. Foram enviados 200 cds para jornalistas, mas o mais louco é que o zeca camargo não foi um cara que recebeu. Provavelmente alguem deu pra ele ou ele comprou...sei lá! Mas o nosso primeiro disco esgotou: 800 vendidos 200 assessoria de imprensa. Mas o numero mais legal é o de free downloads: mais de 5000! Pra um primeiro disco tá ótimo!
Proximo show, que é a nossa volta aos palcos, é 07/11/09. Agora viramos trio, entrou um pianista. Estamos animados com essa volta...passamos os últimos meses ensaiando e compondo, a vontade maior é sempre de tocar ao vivo...

Bom, ta aí um pouco mais do Baobä Stereo Club! Escutem que vale a pena!

Link para download: http://rapidshare.com/files/118456329/Baobae_Stereo_Club.rar

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Amleto Barboni's Thing - Blues tipo exportação

No dia 08 de outubro tive o prazer de conferir o pocket show de lançamento do álbum “Amleto Barboni's Thing”, do bluesman Amleto Barboni, no café da Fnac do Shopping Morumbi.

O show foi muito bom, muito bom mesmo e, em determinado momento da apresentação, até esqueci que estava num Shopping Center e logo fui pedindo uma cerveja e ficando à vontade. Na formação da Banda temos o Amleto na guitarra, slide guitar e vocais; um trio de metais; baixista e na batera, Paulo Zinner, que é fera demais e já tocou com muita gente grande como Rita Lee e Golpe de Estado.

Eu conheci o Amleto em 2005 enquanto gravava um CD em seu estúdio. Naquele tempo ele já trabalhava nas composições que resultariam nesse incrível álbum de blues que não fica devendo para nenhum lançamento gringo! Não posso esquecer-me de mencionar algumas participações especiais como André Christovam, Blues Etílicos, Fábio Zaganin, Bruce Ewan (gaitista norte-americano) entre outros talentos.

Vou aproveitar para divulgar os próximos shows do lançamento do álbum:
12/11 às 19h00 na Fnac Paulista, Av. Paulista nº 901
06/12 às 17h00 na Livraria Cultura do Shopping Bourbon

Fica aí a dica. Recomendo o show e recomendo o álbum!



Para saber mais: http://www.amletobarboni.com.br/

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Adiós La Negra

Não faz muito tempo que ouvi pela primeira vez Mercedes Sosa, sem querer, na casa de uma amiga. Lembro-me de, instantaneamente, viajar na voz forte e ao mesmo tempo melancólica da cantora, enquanto os ritmos quentes da percussão involuntariamente embalavam meus pés.

Nascida na província de Tucumán, Argentina, e descendente de mestizo (mistura de europeus com ameríndios), franceses e indígenas, Mercedes é conhecida mundialmente por suas músicas fortemente enraizadas no folclore argentino e carregadas de ideais sociais, fatores que também a tornaram peça chave do movimento conhecido como Nueva Canción - parecido com nossa Bossa Nova -, na década de 1960.

Apelidada de La Negra por sua ascendência ameríndia, a cantora já percorreu o globo gravando com grandes nomes como Chico Buarque e o tenor Luciano Pavarotti. Ela também é conhecida como “A voz dos sem voz”, por ter sido grande ativista do peronismo de esquerda na década de 1970 e por “discutir” em suas músicas questões como a desigualdade social.

Em setembro deste ano, Mercedes foi internada em decorrência de um problema renal e, domingo passado, faleceu aos 74 anos, deixando saudades no coração de seus fãs e uma herança músico-cultural incomparável.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Delta Spirit

If you're feeling what I'm feeling c'mon
All you soul searching people c'mon


Esse é o espírito da banda norte-americana Delta Spirit.

Formada em 2005, a banda de San Diego ficou mais conhecida no cenário indie apenas no ano passado, com o relançamento do primeiro LP “Ode to Sunshine”.

Com letras com um certo apelo “espiritual” e liderada pelo cativante vocal messiânico de Matt Vasquez, a banda estreou em festivais como Lollapalooza e Austin City Limits. Um ano antes a banda já tinha saído em turnê com Cold War Kids e Clap Your Hands and Say Yeah (outras bandas que prometem).

A força de Matt e das letras, ao estilo de culto em igreja no sul dos Estados Unidos, é tão forte que as versões ao vivo ganham destaque. Esse é o caso de Trashcan e People C´mon (link abaixo). Inclusive, depois escreverei mais sobre o projeto La Blogoteque, grande celeiro de bandas e “Concerts à Emporter”.

http://vimeo.com/4077192

Impagável estar nesse bondinho do amor!

Vale a pena também conhecer uma versão de estúdio, que além de ser menos “gospel” é marcada por belos riffs. Streetwalker!


Hoje a banda está trancada na Califórnia gravando o segundo LP. Se souber manter a mesma energia do primeiro álbum, tomando cuidado para não carregar tanto em uma pegada gospel, sem ao mesmo tempo ser gospel, correrá o mundo encantando corações e “souls”!!!