domingo, 20 de dezembro de 2009

The XX - Album of the Year!


Não resistindo às incontáveis listas de final de ano, o blog também entra na onda e resolve escolher a revelação de 2009. Para facilitar a vida, adotei como critério bandas que lançaram o primeiro CD em 2009 e não aquelas que decolaram em 2009....

E o prêmio vai para..... THE XX!

A banda inglesa era, até novembro, formada por 2 meninos e 2 meninas de apenas 20 anos. Eles se juntaram no colégio, curiosamente o mesmo freqüentado pelos integrantes do Hot Chips, e agora no final do ano o tecladista deixou a banda, alegando exaustão. Isso já pode ser resultado do sucesso meteórico da banda, que lançou o primeiro CD (The XX) em agosto desse ano e já aparece até em trilhas séries da Warner. Uma breve olhada no myspace da banda também mostra como estão requisitados, em 2 meses a banda fará 40 shows ao redor da Europa.

Deixo abaixo as 2 músicas que mais curto no CD....Crystalised e VCR...ah e saquem a bateria eletrônica!! Rock band like!!! Demais!

Crystalised



VCR

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ethio Jazz!

Chega de magrelo nesse blog!
Subliminarmente, chega de modinha, musiquinha de radio e coisa do tipo...rs!
Voltemos para a África, década de 60 e vamos falar sobre Mulatu Astatke!

Criador do Ethio-Jazz, nascido na Etiopia, estudou musica na Trinity College em Londres e se tornou o primeiro aluno africano a se formar na renomada Berklee College Of Music em Boston.

Começou ainda na Berklee com o “Ethiopian Quintet”, tocando latin jazz, mas ainda procurando seu lugar na musica.

Voltou para Addis Ababa, depois de um tempo, onde passou maior parte de sua vida, pesquisando a cultura local e aplicando toda a teoria que havia aprendido na faculdade.

Mas era dificil viver de cultura num pais africano sub-desenvolvido (permanece assim), e lutar contra isso era difícil.

Contratado pela Ethiopian Airlines no intuito de divulgar a cultura local, até CD-souvenir ele gravou, mas só a classe executiva ganhava...

Integrou a banda e foi bastante elogiado por Duke Ellington, quando a trupe deste fez uma excursão à capital etíope.

Seu trabalho mais bacana foi a quarta edição de uma série lançada pela gravadora francesa Buda Musique em 1998 – “Ethiopiques Volume 4: Ethio Jazz & Musique Instrumentale, 1969-1974”.

Em 2005, o diretor Jim Jarmusch incluiu na trilha do filme “Broken Flowers”, algumas faixas deste disco. E só aí que Mulatu foi "(re)descoberto" pelo grande publico. Aliás, dizem que o tal do filme é mto bom, preciso dar uma sacada...

No ano passado lançou um CD com os inglese do Heliocentrics, que eu até preciso ouvir melhor, até pq viciei no Ethiopiques.

Não gosto muito de rotular, e mesmo se gostasse, com esse cara é quase impossível! Jazz, latin-jazz, funk, guitarra com wah-wah, metaleira ... uma salada fenomenal!

Quem curtir e quiser saber mais, tem um podcast bacana no link: http://www.redbullmusicacademy.com/fileadmin/podcasts/PCxx-Mulatu_Astatke.mp3

Segue um aperitivo:

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cover do Amor # 3 – Billie Holliday e Cat Power – Don’t Explain


As histórias de Eleanor Fagan Gough, conhecida como Billie Holliday e também apelidada de Lady Day, e Shan Marshall, mais conhecida como Cat Power, são muito parecidas.

Billie, nascida em 1915, era filha de um pai de apenas 15 anos e uma mãe de 13. O pai era guitarrista e banjista e abandonou a filha ainda bebê. Aos 15 anos de idade, morando em Nova York e prostituindo-se, conseguiu um emprego fixo num bar, após oferecer-se como dançarina e, depois do fracasso, descolar uma vaga ao cantar. Depois desse início mais do que surreal e sem nunca ter tido uma educação formal em música, Billie alcançou enorme sucesso nos EUA, apresentando-se ao lado de grandes músicos, como Louis Armstrong. Infelizmente, e a melancolia da sua voz e sua música já indicavam, o final não foi tão belo, Billie faleceu em 1959 de overdose. (aos interessados, vale ler a autobiografia Lady Sings the Blues)

Já Cat Power, nascida em 1972, também é filha de músico. O pai, um pianista de Blues, rodava o sul dos EUA depois de abandonar a filha com os avós. No início da adolescência ele voltou e levou a filha para as turnês. O que pode ser visto como uma excelente bagagem musical, também nos ajuda a compreender porque ela começou a beber aos 12 anos e largou o colégio. Aos 20 ela já estava em Nova York, sempre aqui, cantando em bares e gravando suas primeiras músicas. Em 2000, gravou o CD Covers Record, que foi muito bem recebido. No entanto, nos anos seguintes os seus shows e gravações passaram a ser sempre uma incógnita, já que muitas vezes aparecia alcoolizada. Até que em 2006, depois de ser salva por uma amiga momentos antes de se matar, foi internada e desde então parece ter superado essa fase. Inclusive, o show esse ano no Brasil foi divino!

Bom, voltando ao tema da sessão e as semelhanças. Vale escutarmos a bela “Don’t Explain”, escrita por Billie em 1944, depois que seu marido chegou em casa com marcas de batom no colarinho! Fico impressionado como a música é intensa e profunda. Não é a toa que já foi gravada por: Nina Simone, Natalie Cole, Etta James, Sarah Vaughan, dentre outras e outros (olha o estrago feito pelos homens).


Billie Holliday



Cat Power

domingo, 29 de novembro de 2009

Local Natives - Banda do Mês #1


Voltando às origens do blog! Desbravar novas bandas!

Semana passada deparei-me com o “Local Natives”, banda de Los Angeles formada por 5 hombres: Matt Frazier (bateria), Andy Hamm (baixo), Ryan Hahn (guitarra e vocal), Taylor Rice (guitarra e vocal), Kelcey Ayer (teclado e vocal).

No início os achei parecidos com Vampire Weekend ou mesmo um Arcade Fire. Depois, escutando melhor todas as músicas do CD (recém lançado em junho – Gorilla Manor), percebi como são bons, até melhores, considerando que é um primeiro trabalho.

Os caras ainda não assinaram com nenhuma gravadora (acreditem!) e dividem uma casa em Silverlake (LA). A maturidade da banda pode ser explicada por 6 anos de trabalho, desde o colégio, de Ryan e Taylor (Cavil at Rest), mas fica evidente que a banda ganhou corpo com um novo baterista, baixista e mais um vocal.


É curioso ver como evoluíram, como eles mesmo admitem, de uma “guitar band” para uma “vocal band”. Fica evidente como priorizam o arranjo e a melodia dos 3 vocais mais do que o resto da composição.

Agora é esperar e torcer para não se perderem ao crescer e serem pressionados pelas gravadoras!

Sun Hands (notem a Capela do Amor!)



Camera Talk


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Quem curtiu, vale também conhecer Airplanes!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cover do Amor # 2 - Los Sebosos Postizos

Atendendo a pedidos de que não falamos de música brasileira no blog, a sessão Cover do Amor abre espaço para Los Sebosos Postizos!

A banda surgiu, em 2004, como um projeto paralelo dos integrantes da Nação Zumbi e o Bactéria, tecladista do Mundo Livre S/A.

No início os Sebosos tocavam músicas jamaicanas e muita coisa do Jorge Ben. Depois ficaram apenas com o grande mestre e focados nos clássicos dos anos 60 e 70.

Como poderão ver na bela “Minha Teimosia”, a estrutura da música é muito parecida, o que pode reduzir o objetivo da sessão, no entanto, li uma entrevista do Jorge essa semana na Trip (vale a pena: http://revistatrip.uol.com.br/revista/183/paginas-negras/o-homem-patropi.html ) e resolvi que deveria falar de quem tanto animou as nossas noites. Sem falar que concordo plenamente com o Jorge du Peixe, vocal do Nação: ninguém é mais atemporal do que o Jorge no Brasil! Nossos filhos irão bailar ao som dele.... (ok, os meus vão pelo menos! :))

Até a próxima e fiquem com o show impagável deles no Sesc Pompéia (Noites de Ben) .....

Vem e me fala que sou seu lírio e você é a minha rosa!!!



Jorge Ben (era só Ben na época)

domingo, 15 de novembro de 2009

Cover do amor - # 1!

Sempre critiquei bandas e artistas que, apesar de serem “renomados” e com apoio de produtoras, só tocam covers. O estilo safado do Emerson Nogueira é um exemplo.

Por outro lado, adoro artistas conhecidos gravando músicas de outros. Acho demais como uma releitura e um outro arranjo podem transformar uma música. Esse é um dos motivos por gostar tanto de shows, já que temos a chance de ver versões covers que só são tocadas ao vivo.

Também gosto muito daqueles projetos que vários artistas são convidados para gravar músicas de outros, como o caso do CD da Amnesty International para arrecadar fundos para Darfur. Recentemente também temos visto CDs inteiros de covers, como o CD da Cat Power (já comentada aqui pelo Leo) – The Cover Record e sabemos que o The Killers lançará um CD só de covers em breve.

Bom, dito tudo isso, inauguro a sessão “cover do amor”! Toda semana colocarei versões covers e, quando possível, a versão original.

A primeira é a genial “Don’t Let me be Misunderstood” que foi gravada em 1964 pela Nina Simone (ainda escreverei dela).




Já em 1977 o grupo Santa Esmeralda gravou uma versão disco/salsa da música. Na época foi muito bem recebida pelo público e ficou em 15o no ranking da Billbord nos EUA. A música voltou a ser lembrada ao entrar no soundtrack do Kill Bill em 2003. (o clipe é genial..haha)



sábado, 14 de novembro de 2009

Sinestesia Neurológica?!? Marketing melhor, impossível!

Como seria ver cores ao escutar o som de uma guitarra?

Essa é uma pergunta que a cantora norueguesa, Ida Maria, responde sempre.

Trata-se de uma condição neurológica que faz com que as pessoas sinestésicas misturem os sentidos. E existem várias modalidades do fenômeno: algumas pessoas sentem o sabor de palavras (essa é ainda mais divertida!), já outras sentem o cheiro dos objetos que tocam...

Bom, voltando ao tema do blog, a garota lançou seu primeiro CD no ano passado (Fortress Round my Reart) com 10 músicas com um estilo pop rock/punk. Algumas músicas lembram um estilo Regina Spektor, mas, sem o piano e com uma bateria e guitarra agressiva, além da voz mais grave, ela se diferencia e ganha pontos.

Essa pegada mais forte fica clara na versão ao vivo de “I like you so much better when you are naked” (abaixo) ou na “Oh My God”.



Algumas músicas também são mais calmas, mas com a mesma intensidade emocional, como a bela “Keep me Warm”.



Vale conhecer e ver como será a evolução da garota sinestésica!

sábado, 24 de outubro de 2009

Baobä Stereo Club - entrevista com o Arico.

O Baobä Stereo Club é um duo instrumental brasileiro, formado por um tal de Henrique Diaz (guitarra, violão, bandolim e piano) e pelo Paulo Soares (bateria e percussão).

Debutaram com um CD feríssima no ano passado, que vc pode dar uma sacada downloadeando-o(link no rodapé do post).

Para vc que ainda não conhece, e para quem já conhece entender um pouco mais, segue uma conversa com o tal do Henrique, a.k.a. ARICO!

ALEMAO: Tá por aí? Queria trocar uma idéia sobre o Baobá...
ARICO: Opa! Simbora...Qdo?

ALEMAO: Agora! To ouvindo bastante! Donde saiu Baobä?
ARICO: Da hora! Cara...no jantar na casa de um amigo, estávamos procurando nome pra banda e começamos a falar um monte de coisas. O pai de uma outra amiga, que estava lá jantando com a gente (ele é artista plástico), começou a falar o nome de um monte de arvores africanas. Ele tava fazendo uma série de pinturas sobre essa árvores, tinha acabado de voltar de lá. Aí listou muitooooooos nomes, e piramos em Baobä. Colocamos o "trema" em cima do “A” pra fazer um brincadeira, porque era um duo. Stereo Club veio pra dar um ar mais moderno pra banda...e também tem o lance de stereo serem dois lados e tals...

ALEMAO: Bacana! Por isso dos pássaros na capa... rs. Gosto muito de “Santaolalla”, “Sem-Querer” e “Para Cachaito”. Tem gente q diz q é tipo filho, gosta de todas, mas vc prefere alguma?
ARICO: Hahhaha boa. Os passarinhos foi uma amiga designer que fez...aquarela mesmo. Curtimos pacas... Qdo gravamos o disco foi mta correria... gravamos poucas musicas, outras que gosto muito ficaram de fora. Eu curto o disco todo de uma forma geral, e fiquei bem contente com o resultado, mas a que eu tenho mais apego é “Para Cachaito”. Em breve tem disco novo...ai sim acho que a coisa fica da pesada...

ALEMAO: Eu tb! A castanhola combinou muito com o contexto... donde veio a idéia?
Pq é inusitado uma castanhola convivendo com guitarra e bateria...
ARICO: Eu sempre pirei em musica flamenca e espanhola. Quando fiz o arranjo pra “Para Cachaito”, tinha ideia de usar algum instrumento de percurssão naquela parte. Dividi isso com o Paulo, baterista, e a principio íamos usar um cajon. Pouco antes de gravarmos, comentei com ele que a minha irmã, Silvia, era formada em Flamenco. Ai veio a ideia de colocar castanholas. Ela foi, escutou o trecho, e em dois takes tava gravado. Mandou muito...No proximo disco, provavelmente vamos usar algo de sapateado...

ALEMAO: Ficou muito bom! Falamos outro dia, mas acho esse lance de influencia muito bacana!Eu lembro muito de Mogway, Tommy Guerrero, ouvindo o Baoba! O que mais vc citaria?
ARICO: Tem mta referencia de trilha sonora, não sei se fica tão perceptivel mas tem. Gustavo Santaolalla, Yann Tiersen, Ennio Morricone, Nino Rota...os classicos. Tem bastante referencia de musica cubana, argentina, Egberto Gismonti...mta coisa. Som instrumental tem mtas possibilidades... E vc? Qdo vem?

ALEMÃO: No proximo fds acho q vou... Mas calma q ta acabando, rs... Se vc não percebeu, isso aqui é uma entrevista!
Vc viu q o Zeca Camargo comentou numa coluna dele? (http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2008/12/08/) Vcs tão divulgando? Qdo vai rolar mais shows? Queria ir!
ARICO: Hahahaha boa! O disco saiu em 2008 e foi feito um trabalho de assessoria de imprensa, que ainda temos, mas pouco usamos. Foram enviados 200 cds para jornalistas, mas o mais louco é que o zeca camargo não foi um cara que recebeu. Provavelmente alguem deu pra ele ou ele comprou...sei lá! Mas o nosso primeiro disco esgotou: 800 vendidos 200 assessoria de imprensa. Mas o numero mais legal é o de free downloads: mais de 5000! Pra um primeiro disco tá ótimo!
Proximo show, que é a nossa volta aos palcos, é 07/11/09. Agora viramos trio, entrou um pianista. Estamos animados com essa volta...passamos os últimos meses ensaiando e compondo, a vontade maior é sempre de tocar ao vivo...

Bom, ta aí um pouco mais do Baobä Stereo Club! Escutem que vale a pena!

Link para download: http://rapidshare.com/files/118456329/Baobae_Stereo_Club.rar

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Amleto Barboni's Thing - Blues tipo exportação

No dia 08 de outubro tive o prazer de conferir o pocket show de lançamento do álbum “Amleto Barboni's Thing”, do bluesman Amleto Barboni, no café da Fnac do Shopping Morumbi.

O show foi muito bom, muito bom mesmo e, em determinado momento da apresentação, até esqueci que estava num Shopping Center e logo fui pedindo uma cerveja e ficando à vontade. Na formação da Banda temos o Amleto na guitarra, slide guitar e vocais; um trio de metais; baixista e na batera, Paulo Zinner, que é fera demais e já tocou com muita gente grande como Rita Lee e Golpe de Estado.

Eu conheci o Amleto em 2005 enquanto gravava um CD em seu estúdio. Naquele tempo ele já trabalhava nas composições que resultariam nesse incrível álbum de blues que não fica devendo para nenhum lançamento gringo! Não posso esquecer-me de mencionar algumas participações especiais como André Christovam, Blues Etílicos, Fábio Zaganin, Bruce Ewan (gaitista norte-americano) entre outros talentos.

Vou aproveitar para divulgar os próximos shows do lançamento do álbum:
12/11 às 19h00 na Fnac Paulista, Av. Paulista nº 901
06/12 às 17h00 na Livraria Cultura do Shopping Bourbon

Fica aí a dica. Recomendo o show e recomendo o álbum!



Para saber mais: http://www.amletobarboni.com.br/

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Adiós La Negra

Não faz muito tempo que ouvi pela primeira vez Mercedes Sosa, sem querer, na casa de uma amiga. Lembro-me de, instantaneamente, viajar na voz forte e ao mesmo tempo melancólica da cantora, enquanto os ritmos quentes da percussão involuntariamente embalavam meus pés.

Nascida na província de Tucumán, Argentina, e descendente de mestizo (mistura de europeus com ameríndios), franceses e indígenas, Mercedes é conhecida mundialmente por suas músicas fortemente enraizadas no folclore argentino e carregadas de ideais sociais, fatores que também a tornaram peça chave do movimento conhecido como Nueva Canción - parecido com nossa Bossa Nova -, na década de 1960.

Apelidada de La Negra por sua ascendência ameríndia, a cantora já percorreu o globo gravando com grandes nomes como Chico Buarque e o tenor Luciano Pavarotti. Ela também é conhecida como “A voz dos sem voz”, por ter sido grande ativista do peronismo de esquerda na década de 1970 e por “discutir” em suas músicas questões como a desigualdade social.

Em setembro deste ano, Mercedes foi internada em decorrência de um problema renal e, domingo passado, faleceu aos 74 anos, deixando saudades no coração de seus fãs e uma herança músico-cultural incomparável.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Delta Spirit

If you're feeling what I'm feeling c'mon
All you soul searching people c'mon


Esse é o espírito da banda norte-americana Delta Spirit.

Formada em 2005, a banda de San Diego ficou mais conhecida no cenário indie apenas no ano passado, com o relançamento do primeiro LP “Ode to Sunshine”.

Com letras com um certo apelo “espiritual” e liderada pelo cativante vocal messiânico de Matt Vasquez, a banda estreou em festivais como Lollapalooza e Austin City Limits. Um ano antes a banda já tinha saído em turnê com Cold War Kids e Clap Your Hands and Say Yeah (outras bandas que prometem).

A força de Matt e das letras, ao estilo de culto em igreja no sul dos Estados Unidos, é tão forte que as versões ao vivo ganham destaque. Esse é o caso de Trashcan e People C´mon (link abaixo). Inclusive, depois escreverei mais sobre o projeto La Blogoteque, grande celeiro de bandas e “Concerts à Emporter”.

http://vimeo.com/4077192

Impagável estar nesse bondinho do amor!

Vale a pena também conhecer uma versão de estúdio, que além de ser menos “gospel” é marcada por belos riffs. Streetwalker!


Hoje a banda está trancada na Califórnia gravando o segundo LP. Se souber manter a mesma energia do primeiro álbum, tomando cuidado para não carregar tanto em uma pegada gospel, sem ao mesmo tempo ser gospel, correrá o mundo encantando corações e “souls”!!!


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Som caipira com selo acadêmico - Gillian Welch

Quando ouvi pela primeira vez o álbum Time (The Revelator), da cantora e compositora Gillian Welch, não consegui decifrar o que tinha de tão diferente nas canções, pois no fim das contas, você não espera nada muito surpreendente de um disco de country rural a não serem boas melodias acompanhadas do típico som do Banjo.

Depois de uma breve pesquisa, comecei a contextualizar a obra de Gillian Welch. Essa talentosa compositora cursou a universidade de música em Berkley, e provavelmente foi lá onde adquiriu as ferramentas necessárias para construir com maestria melodias que não podem ser classificadas simplesmente como música country. Ainda nos tempos de estudante, Gillian conheceu o violonista David Rawlings, com quem começou a compor e se apresentar em bares ao redor da faculdade.

Essa parceria rendeu um contrato com uma gravadora e, logo no primeiro trabalho do duo, o álbum Revival, já recebeu uma indicação ao Grammy na categoria “Melhor álbum de Folk Contemporâneo do ano de 1997”. Gillian também participou da trilha sonora do divertidíssimo filme dos irmãos Coen “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?” com as canções Didn't Leave Nobody But the Baby e I'll Fly Away.

Já os arranjos de David Rawlings são fundamentais à obra. O seu domínio do instrumento é tão impressionante, que é capaz de tocar notas nitidamente fora da escala e conseguir um efeito incrível como na música título do álbum:




Time (The Revelator) agrada aos fãs de música caipira, além de ser capaz de conquistar um novo leque de fãs para o gênero.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Terence Blanchard – SESC Pompéia – 10/09/09

Show é um excelente programa! Morando em Curitiba ficou mais dificil, pq as opções são limitadíssimas, mas mesmo assim ainda não perdi o habito de ver o Guia da Folha, Rolling Stone, Bravo e etc... sempre tentando me antecipar a algum evento e conciliar a agenda.

Nessas, fiquei sabendo que Terence Blanchard, trompetista americano, ia tocar em São Paulo numa data que eu estaria presente.

Bom, quem curte jazz e afins sabe que não tem erro... pra esse tipo de evento: ou paga caro e vai no Bourbon, ou compra rápido (com um pouco de sorte) e vai no Sesc Pompéia!
Tava com sorte, comprei e sucesso! Nem conhecia muito... mas nao tinha erro. sabia q ia ser bom!

PAUSA
Sempre curti os filmes do Spike Lee! E sempre reparei na trilha sonora. Tem até um filme dele que fala de jazz, e da vida de musico e tal. Chama “Mo’Better Blues” (Mais e Melhores Blues), com o Denzel Washington, Wesley Snipes (td muleque ainda) e o próprio Spike atuando. A canção que dá nome ao filme é fenomenal!

PLAY
Quem é que compôs a maioria das trilhas para os filmes do Spike Lee??????
Ele mesmo!

Ah ... o show!

Bacana! Começou muito cerebral demais. Muito conceitual, ritmo quebrado, difícil de acompanhar... Rolavam umas falas entre uma musica e outra, trechos de conversas, parada meio maluca (comento melhor depois). Mas de qq maneira, dava pra notar que o quinteto era competente.

O baixista, nigeriano, abriu o show, tocava sorrindo, figuraça! Sax e bateria tb mandavam bem.
No piano rola um destaque. Cubano, Fabian Almazan, habilidoso, toca igual aquele muleque do Snoopy (Schroeder é o nome dele), todo curvado, com a cabeça enterrada no piano. Vem na minha, daqui um tempo vc vai ouvir falar desse cara.

O Terence é o front-man. Eleito pela Downbeat como artista do ano e melhor trompetista em 2000. Dita o ritmo, conduz o time. Compôs a maioria das canções.

Os pontos altos do show foram os temas “Winding Roads”, mais clássico lembra bastante as trilhas feitas para os filmes do Spike (alias, isso e uma característica marcante do cara, possui um modo de compor bastante particular), e “A New World”, bem groovy, bastante ritmo, o pianao do cubano tem uma levada fera.

Um pouco mais do Terence: começou tocando com o Lionel Hampton (primeiro CD de jazz que eu comprei – vibrafonista – bebop rasgado!) e com o Art Blakey (batera fodido!) nos anos 80.
Engajado, desde 2000, é diretor artistico do “Thelonious Monk Institute of Jazz”, um instituto sem fins lucrativos (fundado pelo próprio Thelonious – outro monstro) que organiza programas de educação musical em escolas públicas dos EUA.

Mudou-se para New Orleans após a tragédia provocada pelo Katrina e lá dirige o Thelonious Monk Institute of Jazz. Fez tudo para conseguir transferir a sede do instituto pra lá (antes ficava em Los Angeles) e foi incentivado por Herbie Hancock - o pianista considera New Orleans o berço e a alma musical dos EUA. Lá, Blanchard, ficou amigo do professor de religião e filósofo Cornel West, ativista político e autor do livro "Race Matters", cuja voz é ouvida no show.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Briga de Irmãos

Em agosto deste ano a polêmica banda inglesa Oasis teve seu fim anunciado pelo compositor, guitarrista e vocalista, Noel Gallagher.

Sim, todos sabem que não é a primeira vez em que o grupo anuncia uma separação e depois retorna aos estúdios e palcos como se nada tivesse acontecido, porém agora, parece que a eterna rixa entre os irmãos Gallaghers colocou, mesmo, um ponto final na banda.

Segundo declaração de Noel, seria impossível continuar trabalhando ao lado de Liam, seu irmão caçula e vocalista da banda, por mais um dia sequer. Uma pena para aqueles que, como eu, apreciam o som da banda, mas verdade seja dita, esses egos inflamados já deram o que tinham que dar!

Não estou dizendo que o fim do Oasis seja bom, longe disso, mas era algo que mais cedo ou mais tarde aconteceria. Talvez a decisão tenha sido a mais sábia, já que a banda, apesar dos chiliques e destemperos, continua saboreando o sucesso e, até a data do anúncio, era capaz de compor hits.

Ainda não é certo que o Oasis seja extinto, já que Liam pretende dar continuidade, mas que Noel não pretende encarar o maninho tão cedo, isso é fato. Em minha humilde e bastante particular opinião, a situação complica para o Oasis, pois sempre considerei as composições de Noel infinitamente superiores às de Liam e, principalmente, seu vocal mais agradável. Espero que ele não suma.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

U2 – No Line on the Horizon

Apesar de não ser grande fã da banda irlandesa U2, preciso admitir que respeito o trabalho do grupo e que, de fato, em seus mais de 20 anos de existência, muitos hits marcaram sua passagem pela indústria musical assim como a vida de muitas pessoas.

Porém em seu 12º álbum, No Line on the Horizon, considerado por um de seus produtores como um trabalho que revolucionaria mais uma vez o rock, ainda não consegui encontrar os traços marcantes do vocal de Bono e tampouco os riffs bem elaborados do guitarrista The Edge, me levando a questionar... Será que a banda perdeu a mão?

Nem mesmo a música homônima e primeira faixa se salva. Com notas batidas e timbres sem sal, é apenas mais uma que integra um extenso trabalho carente de criatividade. Dizem os boatos que isso se deve ao fato de que as composições foram realizadas na guitarra ao invés do piano, sem contar que durante sua gravação, a mais longa da história da banda, o U2 chegou a arquivar o material e a trocar seu produtor.

Ainda assim, o álbum vendeu mais de 500 mil cópias ao redor do mundo e há quem o defenda ferrenhamente, feitos que, particularmente, atribuo aos contínuos sucessos da banda como War (1983), The Joshua Tree (1987) e Rattle and Hum (1988) que garantiram à banda uma legião fiel de fãs, porque este trabalho por si só, não garante grandes multidões à turnê que está por vir.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sax + Argentina... mas surpreende

Caros, segue mais um post do nosso ilustre convidado, o Alemão.

Se o instrumento te remete ao Kenny G, com aquele “riffizinho” safado e grudento e, na música, o país só te faz lembrar do Tango (aliás, no futuro vale um post do Gotan!), dê uma chance para esse Gato...

Calma meninão... O nome do figura é Gato Barbieri, nascido em 1932, e o cara adorava o Brasil... Na verdade, ainda adora, porque ele tá vivo, só que não grava nada já faz tempo.

Esse amigo do Schelotto estraçalhava o instrumento! Tocava de um jeito diferente, autoral e bastante particular! Mais ou menos assim... Se o Eric Clapton ou o Mark Knopfler mandarem um “Parabéns pra Você” na guitarra, você reconheceria na hora! Bem nessa linha é o Gato com o Sax.

Começou no instrumento com um estilo mais clássico, depois morou na Itália por causa da mulher e passou pelo jazz avant-garde (sei lá o que é isso!), mas o negócio fica bom mesmo quando ele encontra o jazz latin, entre as décadas de 1960 e 1970.

Vale tentar ouvir as faixas “Encontros”, “Latino America” e “Yesterdays”, que são pedradas cheias de suingue, igual ao japa que tocava lá no Moai!

E eu falei que ele curtia a terra brasilis... Até soa meio clichê, mas o cara gravou “Aquarela do Brasil” e “Carinhoso”, do Pixinguinha, que aliás ficou bem legal, com uma pegada toda diferente!
Na linha das baladas, bonito pacas, tem o tema “Milonga Triste”, além dessa aqui do link abaixo, que lá em 1972 fez o cara ganhar fama:



Trilha do filme “Last Tango in Paris” do Bernardo Bertolucci - na real, nem conheço o filme, mas a canção, meu querido, é feríssima!

Não sou o maior entusiasta, nem conheço a técnica desse instrumento, só sei que esse argentino assopra diferente!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Receita para um bom seriado - Violência gratuita, motos e uma trilha matadora


Para um seriado tornar-se sucesso de público é necessário reunir bons atores, bom enredo, bons diálogos e, é claro, uma trilha sonora impecável para embalar as cenas e os espectadores.

Dos mesmos criadores de Sopranos e The Shield, a série Sons of Anarchy (2008), de Kurt Sutter, está no caminho certo. Não nego que a princípio torci o nariz para esta série dramática cuja trama aborda um grupo de motoqueiros fora da lei de uma pacata cidadezinha, mas felizmente assumo meu equívoco.

Com história dinâmica e cheia de ação, enredo muito bem amarrado e elenco repleto de talentos como Ron Perlman (Hellboy), Katey Sagal (a eterna Peggy de Married with Children) Tommy Flanagan (Gladiador) e Charlie Hunnam (Hooligans), SOA me surpreendeu, mas é sua trilha sonora que merece o maior destaque.

Bastante diversificada, traz artistas das mais variadas frentes, passeando por gêneros como country rock, heavy metal e gospel. Entre eles estão The Lions, Sun Kill Moon, Gia Ciambottie, Campanas de America, Loonie Brooks, Big George Jackson, Fu Manchu e até a atriz Katey Sagal com interpretação da música “Son of a Precher Man”.

Definitivamente a série meio “Bang Bang”, conquistou lugar cativo. Para quem quiser ouvir as músicas que compõem sua trilha sonora e saber um pouco mais a respeito, acesse o site http://fxnetworks.com/shows/originals/soa/

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para ver e ouvir – I’m not there


O longa-metragem I’m Not There (2007), biografia cinematográfica de Bob Dylan, é um prato cheio para os fãs de trilhas sonoras.

A história, escrita e dirigida por Todd Haynes, retrata seis faces da vida do cantor e compositor Folk e, apesar do esmero do elenco de peso (Richard Gere, Cate Blanchett, Christian Bale, Ben Whishaw, Marcus Carl Franklin e Heath Ledger), ficou um tanto estranha e até mesmo desconexa para quem não conhece a conturbada existência de Dylan.

Apesar das diversas indicações recebidas, em minha opinião o grande trunfo do longa pertence à sua trilha sonora. Não é segredo que diversos artistas já regravaram clássicos de Dylan ao longo de seus mais de 30 anos de carreira, mas nunca existiu um registro tão bem feito quanto este. Para ter uma idéia; EddieVedder, Sonic Youth, Jim James, Calexico, Iron and Wine, Cat Power, Richie Havens, Stephen Malkmus, Yo La Tengo, Mark Lanegan e Willie Nelson são alguns dos artistas que integram este impressionante set.

O filme pode não ter agradado muito, mas definitivamente é um excelente álbum duplo com mais de 30 versões do enigmático Bob Dylan, que por um bom tempo renderá muitos comentários.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Stebmo - “jazzão” moderno

Caros, esse é o primeiro post de um grande amigo meu, o Alemão. O cara se interessa muito por ritmos como o Jazz, Funk, Soul e experimental. Espero que curtam os comentários e aguardem os próximos.

Tô lá eu na Livraria Cultura, no meio dos CDs, dando uma olhada na coisa toda, sem procurar nada em especial, mas louco pra encontrar algo... E me deparei com isto aqui:


Capa estranha, nunca ouvi falar, ala de jazz... Deve ser bom!

Pianão meio melancólico (aliás, dizem que eu gosto de música triste... Discordo) e bateria nervosa, essa é a base do negócio.

Mas o lance todo é muito rico em detalhes, às vezes tem guitarra, às vezes sintetizador, o trombone dá uma passada, tem até vibrafone fazendo participação especial. Cada vez que você escuta, descobre uma coisa nova.

Dá uma olhada na definição da Revista Free Jazz, Abr.08: “This is gentle music, intimate and calm, but combining joyful and playful elements with dark and menacing background harmonies or sounds.”. Oh loco! Tudo isso!

Comentando um pouco as faixas, “Waiting Game” abre o trabalho. Começa densa, aí entra uma guitarra rasgada e fica tudo meio bagunçado. Aí vem a melhor do disco, “Blind Ross”. A levada do piano têm um puta groove sensacional! Em “Holding Pattern” é incrível a conversa entre o piano e a bateria. “Dark Circles” é pesadona do começo ao fim, e tem um trombone que dá uma quebrada interessante. “Majika” e “Tough Luck” são temas muito bonitos, bem melódicos.

Todas as composições são do Steve Moore, que é o próprio Stebmo, o cara é de Seattle e esse é o primeiro CD dele (homônimo). Lançado no começo de 2008, é muito elogiado, com direito a nota no NY Times e tudo o mais.

É um “jazzão” moderno, bebe um pouco da fonte do rock, é instrumental, diferente, caprichado! Vale à pena!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Blind Melon - For my Friends, álbum sem Hoon e sem graça

Após a morte de Shannon Hoon, a banda Blind Melon bem que tentou dar seqüência a seu trabalho passando o vocal para o baixista Brad Smith, porém tornou-se notória sua dificuldade em substituir um dos vocalistas mais completos da década de 1990, enquanto ainda precisava dar conta de sua linha de baixo caracteristicamente cheia de groove. O resultado, claro, foi desastroso e culminou no fim de uma das bandas mais influentes da época.

Depois de um longo hiato de treze anos desde o lançamento de seu último álbum, o Blind Melon finalmente decidiu retornar aos estúdios, porém agora o desafio de substituir Shannon Hoon está nas mãos do jovem cantor Travis Warren. As comparações são inevitáveis e, em minha opinião, a situação não está nada boa para o lado de Travis. Verdade seja dita, ele possui um bom agudo e timbre de voz bastante interessante, mas parece estar em constante provação de sua capacidade em cada nota que dispara. Vibratos e um leque de peripécias vocais sobrecarregam o álbum em todas as faixas.

Ouvindo atentamente tive a impressão de que as músicas que compõem For My Friends não podem ser consideradas ruins, mas também não chegam a ser boas. Não consegui identificar nenhum hit e nem sequer um momento criativo ou inusitado, marcas que acompanharam fortemente os dois primeiros trabalhos do Blind Melon. No momento, parece que além de vocalista e compositor, Shannon Hoon era de fato o ponto de equilíbrio da banda, e qualquer tentativa de comparação entre o novo trabalho da banda com os anteriores trará uma inevitável frustração.

domingo, 30 de agosto de 2009

Calexico – The Black Light

Para quem não conhece, Calexico é uma banda que apresenta uma mistura exótica de influências que vão desde a música cigana, Mariaches, Jazz, surf music, Fado, até o Rock. Liderada por dois ex-integrantes da banda de country-rock Giant Sand, Joey Burns (guitarra e vocal) e John Convertino (bateria e percussão), o Calexico explora com autoridade acadêmica diversos estilos musicais sem perder a identidade ao longo desses 12 anos de carreira.

Como é a primeira vez que comento sobre a banda, escolhi falar sobre o álbum The Black Light, pois além de ser um dos melhores discos do grupo, podemos ter uma boa perspectiva do que esses caras são capazes de fazer.

Na faixa Bloodflow (rolando no playlist) é possível notar uma narrativa que, na forma, lembra muito o tango argentino. No início, uma levada calma e melancólica traça o caminho da trama e, com o desenrolar da música, esse sentimento dá espaço a uma sensação de dor e angústia com belíssimos arranjos de slide guitar e ataques precisos de pratos.


Para saber mais sobre a banda, visite o site http://www.casadecalexico.com/

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Compra do dia! DVD – From the Basement

Sexta-feira, fim do mês chegando, salário caindo na conta, e logo vem aquele impulso de comprar alguma coisa!
Como me encontro nessa situação, resolvi dividir com vocês a minha próxima compra que deve acontecer hoje mesmo.
É um DVD chamado From The Basement, que assisti na casa do meu camarada Lucas. Vale comentar que o sujeito trabalha na MTV e sempre que o visito acabo encontrando alguma novidade

Esse DVD faz parte de uma nova série de TV, que tem um objetivo bem legal, colocar a música em primeiro lugar. Ou seja, sem grandes produções, sem platéia e sem aquele papo com o apresentador. Basicamente os músicos entram no estúdio, plugam seus instrumentos e tocam de verdade! São vários artistas de diferentes estilos, entre eles: Beck, White Stripes, Damien Rice, Sonic Youth, PJ Harvey, Radiohead, Jamie Lidell (esse merece um post em breve) e outros.

Eu não ganho nada com isso, mas se você curtiu a dica é possível encontrar o DVD no
Submarino por um preço bem justo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ben Harper e os Relentless 7 - White Lies for Dark Times

Após muitos anos acompanhado pela banda Innocent Criminals, Ben Harper decide explorar novos horizontes e caminha para uma pegada bem mais rockeira ao lado de sua nova banda de apoio, os “Relentless 7”, nome que o próprio Ben Harper criou. Segundo ele, o nome ficou vagando em seu subconsciente por um tempo, até finalmente encontrar este propósito.

Com essa nova formação, Harper consegue criar texturas clássicas de Southern Rock Americano, estilo que tem como representantes os Allman Brothers, Gov’t Mule e Lynyrd Skynyrd.
Na faixa “Why must you alwalys dress in black” um rock cru e poderoso acompanhado por uma levada de baixo clássica de blues, que me recorda muito o Led Zeppelin, principalmente durante o solo de guitarra onde a base é sustentada apenas pela experiente cozinha (Baixo e Batera) do baterista Jordan Richardson e do baixista Jessé Ingalls.

Definitivamente o álbum “White Lies For Dark Times” traz novos ares à sólida e bem sucedida carreira de Ben Harper. Para os fãns da banda Innocent Criminals, pode trazer certa nostalgia não presenciar o carismático baixista
Juan Nelson assim como o percussionista “Showman” Leon Mobley, entre os músicos que acompanham Harper. Mas convenhamos, mudar é saudável!


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A banalização do “Alternativo”

Atualmente ouvimos muito o termo “Alternativo” para classificar bandas, baladas, praças, colégios, métodos de ensino entre muitas outras coisas que nem sequer carecem de uma classificação. Hoje são tantas baladas e bares alternativos, que nem consigo mais distinguir o que seria um bar convencional. Provavelmente deve ser algo como ir a um botequim na companhia do seu avô e mais dois amigos parceiros de tranca. Na conjuntura atual isso sim, seria uma balada alternativa.

Entendo que esse critério equivocado seja constantemente aplicado para classificar bandas. Parece que, só porque a banda é moderna e seus integrantes se vestem seguindo as últimas tendências do universo fashion tornam-se automaticamente alternativos. Errado! E quanto ao som? Parece que ninguém nem ouviu o que sai dos amplificadores! Estou acostumando a ver bandas punks serem taxadas de “Alternativas”.

Se um dia me perguntarem qual banda eu classificaria como “Alternativa”, eu diria de bate e pronto: Mars Volta. Essa banda, formada por dois ex-integrantes do At the Drive-in, apresenta uma mistura de hardcore, rock psicodélico e Jazz. Se eu fosse comparar o Mars Volta com um prato preparado por um cheff seria algo parecido com um Papardelle de hortelã com mel ao ragu de paleta de cordeiro. Exótico, de difícil assimilação e extremamente saboroso!

Confira essa performance ao vivo da música Asilos Magdalena

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Uma das melhores interpretações de Eleanor Rigby

Krystle Warren é o nome dessa talentosa artista nascida e criada em Kansas City.

Aos treze anos de idade, após assistir a um especial dos Beatles na rede ABC, Krystle decidiu investir pesado na carreira musical. Suas influências vão do Brit Pop, passando pelo Rock R&B, ao Jazz.

Essa interpretação da clássica Eleanor Rigby dos Beatles é, em minha opinião, uma das melhores versões, perdendo apenas para a releitura de Ray Charles, mas podemos falar dessa mais pra frente.

Vale muito à pena conferir essa versão gravada ao vivo com voz, violão e muito soul.


domingo, 23 de agosto de 2009

The Greatest - Cat Power



Apesar do título, esse álbum não é uma coletânea da banda liderada pela cantora Chan Marshall.

Gravado em Memphis, trata-se de uma homenagem ao Soul do Sul dos E.U.A.

Com músicas simples e de fácil compreensão, o disco trouxe ainda mais fãns à banda Cat Power.

Vale à pena conferir o clipe da música "Lived in Bars".

Till the Sun Turns Black - Ray Lamontagne



Segundo álbum desse impressionante artista Folk, é possível identificar influências de Country, Blues, e R&B em seu trabalho. Ótimos arranjos de cordas dão um toque muito natural à obra que, para quem não conhece Ray Lamontagne, é um ótimo álbum para começar.

Recentemente o comprei em vinil e posso afirmar que foi uma das melhores aquisições do ano!

Segue uma prévia do talento de Ray Lamontagne, cujo timbre de voz lembra o Joe Cocker nos anos 70.